VIOLINO : A POESIA E O SOM DIVINO



SOM DIVINO
Ligi@Tomarchio®



Alameda passa...

Meus olhos sombreados
deliciam-se com o verde
e raios chamam
minh'alma encantada.

Violinos traduzem
em notas musicais as cores do céu...

Na terra, o pulsar...
Corações apaixonados
entoados pela música divina
afinando os laços

que nos unem à vida.


* * *
SUBLIME MELODIA
Elio Mollo


O espiritual e o material interagem
formando o grande astral
segundo a lei da afinidade
onde Amor é celebridade.


Só se firma a sociedade
com a solidariedade
Isto sim, produz
A verdadeira liberdade.
Dessa forma o Amor
ordena toda a Humanidade.


No Universo tudo se concatena
do mais simples ao mais complexo
do inculto ao mais sábio
do elementar até o arcanjo.
Seguindo todos numa evolução.


Cada ser em seu apogeu
não sofre substituição
mas é sempre sucedido
numa boa diposição


Cada ente tem sua nota
do, ré, mi, fá, sol, lá ou si
que o Amor ordena
numa oitava abaixo
ou em uma oitava acima
formando um acorde magistral
numa seqüência fundamental
fazendo soar
a sublime melodia universal.


* * *


CANTO À VIDAMarcial Salaverry

O último canto,
aquele que quebra o encanto...
é apenas o último alento,
quando se acaba um tormento...
A vida se vive com amor,
a ela temos que dar valor...
Por maior que seja o desalento,
nunca se entrega ao lamento,
à dor... quando bate a tristeza,
pensa-se que a vida é uma beleza,
e que vale a pena ser vivida...
Entoamos então, um Canto À Vida.


* * *


MÚSICA MAGIA
Maria Thereza Neves



com a música no coração
v i
b r a n
d o
em acordes & tramas
em cores tocando
voando na emoção
em lágrimas e refrões
marcando tempos e compassos
em verões-outonos
percorrendo todos os caminhos
nas curvas apertadas
nos horizontes perdidos
sempre a eterna melodia
a
MúsicaMagia.


* * *


OUVIDOS
Humberto Rodrigues Neto



Quanta vez – diz Emmanuel – nosso ouvido
presta-se a ouvir murmurações do alheio;
a injúria apraz-lhe mais que o galanteio ,
prefere o termo chulo ao tom polido.

E junto às portas põe-se de sentido,
a haurir a intriga e o falatório feio;
mas fá-lo, às vezes, mais por vão recreio,
que por falhas de um mal não corrigido.

Presos ainda às falhas deste plano,
não permitimos ouça o ouvido humano
essa orquestra do amor que em nós cintila.

Pra isso é preciso, em transcendências calmas,
nos coloquemos, pra poder ouvi-la,
dentro da acústica de nossas almas!


* * *


SUBLIME MELODIA
Cássia Vicente




A melodia é sublime
aos nossos ouvidos,
ao nosso coração,
quando é chegada
impregnada de amor!
Palavras saídas da boca
com a dose certa de amor
é sublime melodia.
Sorriso vindo expontâneo,
é sublime melodia.
O silêncio na momento exato
é subilme melodia.
O abraço dado com afeto
é sublime melodia.
O exemplo bem colocado
é sublime melodia.
Cada ato de amor e compreensão
é sublime melodia.
A sublime melodia é o canto dos anjos,
o manjar dos deuses, a felicidade anunciada!


* * *


CANÇÃO DE CORPO E ALMA
Marta Cosmo




Eu te amei ... com meus olhos... minha boca... minhas mãos...
Com minha pele... com todas as fibras do meu coração...
Eu te amei com todas minhas células e vísceras...
ardendo enlouquecendo em febres convulsivas...
Mas isso já faz algum tempo: meu querido... meu amor
Agora mesmo nesse instante que está e não passou
Neste exato minuto que surge, mas ainda não chegou.
Eu te amei com todas as forças de minha alma
Com cada centelha e fagulha do meu espírito
Num tempo e lugar (na mente) jamais extinto
Num pensamento que não acaba e nem se acalma...
Mas isso já faz algum tempo: meu querido... meu amor
Agora mesmo nesse instante que está e não passou
Neste exato minuto que surge, mas ainda não chegou.
Eu te amei acreditando que o nosso amor jamais acabasse...
E te amaria (de corpo e de alma) ... Se ainda não te amasse...


* * *


SUBLIME MELODIAClara da Costa




A vida, com suas constantes emoções,
nos levam a acreditar na magia
que embalam nossos corações,
como uma sublime melodia.


Sublime melodia,
onde o maestro é o Criador,
a nos sussurrar sobre as belezas
contidas num Universo onde reina o amor.


Vida e amor,
sublime melodia,
que nos emociona, como a beleza da flor,
que nos encanta todo o dia.


* * *


SUBLIME MELODIA
Ninita Lucena

Que sublime e doce melodia,
Nas cordas de um violino,
Isto é que é um som divino,
Imagino, são anjos tocando
Belas notas angelicais
Que eu não olvidarei jamais.
Nesta linda e doce melodia
Que a todo instante me extasia,
Eu me transporto para o céu.
Tem cheiro de luz, de paraíso,
Tem a suavidade da brisa,
A serenidade de um lindo luar,
O potencial do verbo amar.

Tem o gemido do vento
No seu canto de lamente,
Tem o canto do rouxinol
Cantando no lindo arrebol.
Tem doçura do algodão doce,
Do lambuzar sem preocupação,
São coisas brotadas do coração,
Cujas lembranças prevalecem
Como se fossem uma prece
De criança, com as mãos postas,
Orando a Deus, na inocência,
Que ultrapassa qualquer ciência.
Isto é uma sublime melodia,
Cantada, falada e vivenciada
Na suavidade do dia a dia da criança
E de quem, também, se faz criança,
Tendo, assim, a sensibilidade
De ver, ouvir, perceber no além
Do pessoal, sentir com o coração
No ritmo de cadente pulsação
Do coração da mamãe,
Que é a primeira melodia
Que se ouve ainda no ventre
Semeando em nós o ser contente.
Quem ama percebe e vivencia
Na vida a
SUBLIME MELODIA.


* * *


REFLORIR EM MELODIA Regina Coeli




Te deixo percorrer os meus caminhos,
Atravessar-me o hirto descampado
E mergulhar teus sons por todo o lado
Dos meus silêncios doidos e sozinhos...

Te deixo embebedar-me com teus vinhos
Que me incendeiam num prazer alado,
Enchendo taças de um cristal forjado
No forno dos senões e descaminhos...

Te deixo ser meu dono, meu algoz,
A conduzir-me para onde for,
Seguindo simplesmente a tua voz...

Tu és pra mim o meigo tom do Amor,
Ó Música, a ressoar entre meus nós
Um êxtase, em canção, que me abre em flor!


* * *


SUBLIME MELODIA
by Penhah Castro




Nesta sublime melodia
meu coração todinho confia
Aí eu fecho os olhos,
aninho-me nos braços da alegria...
Volto a ser criança!
Liberto os sonhos prisioneiros
da minha mente negativa ...
Afasto o medo de viver
e, de perder...
Atravesso os limites do infinito
para descansar nos sonhos realizados...


A música sublime desperta
Desejos que não tem idade
Mas que assolam a minha vontade...
Que escalam por minha emoção
deixando queimar meu coração...
Desejos que se juntam aos seus
e, que se tornam incontroláveis,
mas sempre respeitados
neste mundo cheio de luz
onde uma eterna criança me conduz...


* * *


DOCE MELODIA
Naidaterra




Cada nota é um carinho
para minha alma que
desperta e de saudade chora
não estar em seu lugar
de origem


O som se propaga e alcança
as mais elevadas esferas
e as almas afins se reencontram
e permanecem juntas enquanto
a majestosa melodia se faz presente


São as almas que tocam,
dançam, cantam, pintam,
modelam com genialidade
dando vida às formas esculpidas
e os poetas, com maestria
encantam com seus escritos


Ah! mel, bálsamo, pureza que
minha alma desfruta ao
som divino deste violino
cada nota uma emoção sublime


Quem dera eu pudesse
eternizar este momento
de prazer e reencontros


Viver ao som desta melodia
como encantamento que
não se quebra


Ah! doce reconhecer da
minha alma que se deleita
ao som deste violino e,
descança o meu corpo
ainda tão denso.

* * *


SUBLIME MELODIASilvia Giovatto (faffi)




A sonoridade dessa melodia,
que faz vibrar meu coração,
e que nem sei bem de onde vem, me traz paz,
me acalma, acalenta e me faz vibrar de emoção.
Ouço seus acordes e a brandura desse som
me deixa em harmonia com o meu espírito,
e juntos, levitamos, acompanhando a suavidade
dessa sublime melodia.
O vento passa e carrega o eco dessa melodia
pra longe... e outros ecos vão se juntando a esse,
fazendo os acordes desse som se transformar
em uma melodia inesquecível.
Sublime melodia, que no meu coração fez morada,
me fazendo vibrar de emoção.


* * *


DOCE MELODIAEsther Ribeiro Gomes
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.’
(Cecília Meireles)
Ah, vida, és doce melodia,
cantada na tristeza e na alegria,
tocada pelas notas da canção,
no ritmo das batidas do coração!

Vou afinando o violino a cada dia,
compondo uma suave melodia,
marcada pelo ritmo da alegria,
no compasso de um grande amor!

Surge, assim, uma doce melodia,
marcada pelas rimas da poesia
nos versos de sonho e fantasia,
deixando para trás tristeza e dor,
fazendo da vida uma canção de amor!
O QUE É O VIOLINO ?
O violino é um instrumento musical, classificado como instrumento de cordas friccionadas. É o menor e mais agudo dos instrumentos de sua família [1] (que ainda possui a viola, o violoncelo, correspondendo ao Soprano da voz humana). O contrabaixo é considerado um primo afastado do violino. Ao contrário do que se pensa, o contrabaixo não vem do violino, mas da viola da gamba. O violino possui quatro cordas[2], com afinação da mais aguda à mais grave: Mi5, Lá4, Ré4 e Sol3. O timbre do violino é agudo, brilhante e estridente, mas dependendo do encordamento utilizado, podem-se produzir timbres mais aveludados. O som geralmente é produzido pela acção de friccionar as cerdas de um arco de madeira sobre as cordas. Também pode ser executado beliscando ou dedilhando as cordas (pizzicato), pela fricção da parte de madeira do arco (col legno), ou mesmo por percussão com os dedos ou com a parte de trás do arco.
Assim como outros instrumentos de cordas, os violinos também podem ser amplificados eletronicamente. A sua utilização mais comum é nos naipes de cordas das orquestras. O género mais comum é a música erudita. Existem no entanto diversos músicos que o utilizam na música folclórica, jazz, rock e outros géneros populares.
Na orquestra, o líder do naipe de primeiros-violinos é chamado de spalla. Depois do maestro, ele é o comandante da orquestra. O spalla fica à esquerda do maestro, logo na primeira estante do naipe dos primeiros-violinos.
Esticada na parte inferior do arco estão as cerdas, que são feitas de vários fios de crina de cavalo, ou de material sintético.
A extensão do violino é do Sol 3 (mais grave e a última corda solta), ao Si 6 (3 notas antes da mais aguda que se pode ouvir).

História do violino
A palavra violino vem do latim médio, vitula, que significa instrumento de cordas.[3] Sua origem vem de instrumentos trazidos do Oriente MédioHoffman. The NPR Classical Music Companion: Terms and Concepts from A to Z.(em inglês)</ref> e do Império Bizantino[4]. Os primeiros violinos foram feitos na italia entre os meados do fim do século XVI e o início do século XVII, evoluindo de antecessores como a rebec[5], a vielle e a lyra da braccio. A sua criação é atribuída ao italiano Gasparo de Salò.[6] Durante duzentos anos, a arte de fabricar violinos de primeira classe foi atributo de três famílias de Cremona: Amati, Guarneri e Stradivarius. Toda a invenção do violino foi conduzida pelas raízes do instrumento milenar chines erhu, as raízes deste instrumento foram os instrumentos de cordas friccionados por arco mais antigos já descobertos.
O violino propriamente dito manteve-se inalterado por duzentos anos. A partir do século XIX modificou-se apenas a espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço mais inclinado. Inclusive, a forma do arco consolidou-se aproximadamente nessa época. Originalmente com um formato côncavo, o arco agora tem uma curvatura convexa, o que lhe permite suportar uma maior tensão das crinas, graças às mudanças feitas pelo fabricante de arcos François Tourte, a pedido do virtuose Giovanni Battista Viotti, em 1782.
O violino tem longa história na execução de músicas de raiz popular, que vem desde os seus antecessores (como a vielle). A sua utilização tornou-se mais expressiva a partir da segunda metade do século XV.

Stradivarius

Os violinos Stradivarius são provavelmente os mais valiosos do mundo. Foram feitos mais de mil instrumentos, entre eles violinos, violas, violoncelos e outros instrumentos de cordas pelo mestre Antonio Stradivari (1644-1737), mas actualmente restam poucos destes instrumentos. Um violino Stradivarius de 1720, não dos mais famosos, foi comprado num leilão em Novembro de 1990 por 1,7 milhão de dólares. Em 2006 foi leiloado na casa de leilões Christie's um Stradivarius de 1729 (Hammer) que foi arrematado por 3,5 milhões de dólares.
Enquanto existem por volta 650 instrumentos Stradivarius sobreviventes, por outro lado também existem milhares de cópias, grande parte com marcas com a inscrição "Stradivarius", feitos em sua homenagem. [7] Muitos milhares destes foram feitos no século XIX, com marcas que indicavam o modelo de origem, sem pretensão de passarem por originais; porém com o passar do tempo a história verdadeira se perdeu, a medida que estes instrumentos são redescobertos hoje, levam seus descobridores ao engano.[7]
Um dos vários segredos da beleza estética dos violinos de Stradivarius reside no facto de o seu construtor os desenhar utilizando a Secção Áurea. A Secção Áurea representa um elemento de equilíbrio estético. Já a sua qualidade sonora, mesmo com as tecnologias existentes, nunca foi superada.

Construção

Como outros instrumentos de cordas, os violinos são construídos por luthiers. A luthieria ou liuteria é uma profissão artística que engloba a produção artesanal de instrumentos musicais de corda com caixa de ressonância. Tais palavras tiveram origem da construção do alaúde, que em italiano se chama liuto; portanto, liutaio significa aquele que faz alaúdes.
Tradicionalmente são instrumentos puramente acústicos, cujo som é amplificado naturalmente pela caixa de ressonância de madeira. No entanto, existem instrumentos amplificados eletronicamente, através de captadores ou microfones. Assim como as guitarras eléctricas, os violinos electrificados não necessitam de caixa de ressonância. Alguns possuem corpo maciço e outros nem possuem corpo, mas apenas molduras para a sustentação das cordas.

Partes do Violino

Estojo de violino : vista geral.
O violino é guardado, normalmente, num estojo cuja forma e material podem variar. Esse estojo contém necessariamente o violino, o arco, a resina, a almofada (ou espaleira), uma surdina, uma flanela para limpeza e cordas sobressalentes. Pode conter, esporadicamente, dependendo do caso, partituras, um outro arco, um metrónomo, um higrómetro, um humidificador, um diapasão, giz para conservação das cravelhas.
Violin case details1.PNG
Violin case details2.png
Legenda :
  1. Voluta
  2. Cravelha
  3. Pestana
  4. Espelho
  5. Escala
  6. Corda
  7. Resina ou breu
  8. Antiga corda de tripa. A sua antiguidade nota-se pela cor amarelada e pela sua forma (a extremidade conservou-se enrolada pela cravelha)
  9. Higrómetro
  10. Arco
Legenda :
  1. Queixeira
  2. Estandarte
  3. Micro afinador:
  4. Surdina
  5. Talão
  6. Humidificador
  7. Corda nova no pacote
  8. Espaleira
Violino - detalhes.
  • Ouvidos, Efes ou Aberturas acústicas são os orifícios que permitem aos sons (vibrações), amplificados pelo corpo do instrumento, atingir o espaço externo e finalmente os nossos ouvidos.
  • Cravelhas são as peças de madeira (quatro, uma para cada corda), onde se fixam as cordas, e são usadas para afinar o instrumento girando-as em sentido horário ou anti-horário, a fim de retesar ou afrouxar as cordas. Os violinos desafinam com facilidade, especialmente com mudanças de temperatura, ou em viagens longas. Um violino precisa ser afinado muitas vezes até que as cordas novas se acomodem.
  • Cavalete é a peça na qual se apoiam as 4 cordas distendidas. A parte inferior do cavalete - dois pequenos pés - fica apoiada no plano harmónico do violino (tampo superior - o inferior chama-se fundo). Pequenas ranhuras no cavalete mantêm as cordas no lugar. O cavalete transforma as vibrações horizontais em verticais e depois transmite as vibrações das cordas para o corpo do violino.
  • Cordas: Antigamente eram feitas de tripa de carneiro. Hoje são de aço cromado ou de material sintético, revestidas com uma fita metálica de alumínio, níquel, ou, as melhores, de prata. A afinação padrão para as cordas seguindo por ordem de espessura é Mi (1ª corda, a mais aguda), Lá (2ª corda), Ré (3ª) e Sol (a 4ª corda, a mais grave).
  • Estandarte é uma peça aproximadamente triangular que fixa as cordas na extremidade oposta ao braço.
  • Fixo é um pequeno acessório metálico que se prende no estandarte, no furo correspondente às cordas. Possui um parafuso que ao girá-lo, permite precisão na afinação da corda.
  • Queixeira: Peça anatómica que serve para o violinista acomodar de maneira mais confortável o violino ao queixo. Foi inventada pelo alemão Ludwig Spohr.
  • O Arco é feito de madeira (os melhores em Pau-Brasil pernambucano). Fios de crina de cavalo (ou de plástico tipo nylon) são ajustados às duas extremidades desta peça de madeira, longa e curva, com cerca de 75 cm de comprimento. A crina de cavalo dá uma maior qualidade ao som e o ajuste da sua tensão é feito por um parafuso colocado no talão, a parte segurada pela mão direita do violinista. A outra extremidade do arco denomina-se ponta. O arco do violino é como a respiração para os cantores ou instrumentistas de sopro. Os seus movimentos e sua articulação constituem a dicção dos sons e a articulação das células rítmicas e melódicas. Todas as nuances sonoras, colorido e dinâmica musical do violino estão intimamente ligadas à relação existente entre a condução do arco e a precisão dos movimentos sincronizados da mão esquerda junto com a mão direita.
  • A espaleira é um acessório utilizado para apoiar o violino ao ombro do musico. Não é um acessório obrigatório, é utilizado apenas quando o músico não consegue apoiar o violino ao ombro.

Cuidados

  • Mantenha o violino afastado do sol, pois o calor pode fazer a madeira rachar ou descolar.
  • Passar regularmente uma flanela no violino, pois a poeira além de desgastar o violino, diminui o tempo de duração das cordas.
  • Sempre limpar as mãos antes de manusear o violino. (Isso evitará o desgaste do violino)
  • Passar sempre que necessário a resina nas cerdas do arco, se tocar.
  • Afrouxar as cerdas do arco antes de guardar o instrumento, recorrendo ao parafuso-sem-fim. Este ponto é de grande importância dado que a vara do arco (parte da madeira) tem uma curvatura ideal para produzir o som, quando a tensão das cerdas se mantém exagerada por longos períodos de tempo, esta curvatura tende a desaparecer e o arco fica então inutilizado.

Execução

A execução mais comum é a fricção do arco nas cordas. Antes de tocar o instrumento, o violinista passa sobre as cerdas uma resina chamada breu, que tem o efeito de produzir o atrito entre as cerdas e as cordas, gerando o som. O som produzido pelas cordas é transmitido ao corpo oco do violino, denominado caixa de ressonância, pela alma, um cilindro de madeira que fica dentro do corpo do violino, mais ou menos abaixo do lado direito do cavalete. A alma liga, mecânica e acusticamente, o tampo superior ao inferior do violino, fazendo com que o som vibre por todo o seu corpo.

Posição Correta

Corpo erecto e busto para frente. As pernas devem ficar um pouco abertas para estabilizar o equilíbrio do corpo. Motivo: Quando o movimento do arco for rápido, o braço direito terá maior facilidade para executar as notas. O peso do corpo deve ficar apoiado nas duas pernas. Porém, em passagens mais aceleradas, pode-se jogar o peso só no pé esquerdo.

Posição do violino no corpo

O violino deve ser colocado em cima da clavícula esquerda e apoiado de leve no ombro esquerdo.
O braço esquerdo deve estar na mesma direcção do pé esquerdo.
Inclinar o violino para o lado direito. Puxar a queixeira e encostá-la no queixo, para manter o violino horizontalmente. Não levantar nem baixar o ombro esquerdo; deixá-lo solto. A técnica do violino é muito delicada. Forçando-se o ombro, o movimento dos braços será impedido. Se o ombro for baixo, usar almofada (Espaleira) , para não forçar o pescoço nem o ombro. A almofada serve para adaptar o instrumento ao corpo do aluno. A queixeira deve ser adequada a cada pessoa para que o violinista fique bem à vontade.
Quando segurar o violino a posição tem de ser natural, isto é, sentir o violino como se fosse uma parte do corpo. Observadas as posições acima explicadas e o arco tocado com leveza, liberdade, harmonia de movimentos e perpendicular em relação à corda, é mais fácil tocar o instrumento.

Como usar a mão esquerda

O cotovelo esquerdo deve situar-se por baixo do tampo do violino, inclinado para a direita. Para facilitar a movimentação dos dedos esquerdos, o pulso deve estar na mesma direcção do antebraço e completamente relaxado.
A conjuntura dos dedos esquerdos deve estar na altura das cordas. Os 4 dedos (indicador, médio, anelar e mínimo) devem estar encurvados. Colocá-los na direcção da corda, para depois pousá-los.
O polegar deve estar apoiado ao de leve no braço do violino, na direcção entre os dois primeiros dedos (indicador e médio). O polegar deve estar assim para que os 4 dedos restantes se apoiem com a mesma força nas cordas. Se alguém tiver o polegar maior, este sobressairá para cima do braço do violino junto à corda sol.
Quando as cordas forem abaixadas pelos dedos, cuidado para não endurecer as falanges dos dedos, nem o cotovelo. Os dedos devem ser colocados sem força, de modo leve sobre as cordas. Quando os dedos não estão sendo usados, deixá-los na posição natural, isto é, encurvados.

Como pegar o arco

Deixar o braço direito solto, como se estivesse a andar. Pegar no arco com a mão direita livre, sem modificar sua posição. Isto facilitará a movimentação do arco nas cordas.
(Deixar todo o peso do braço sobre o arco, como se o braço estivesse morto).
Forma igual à anterior, com as duas falanges do polegar um pouco curvadas. A extremidade do polegar deve estar na extremidade do talão, deixando o polegar metade para a madeira do arco e metade para o talão. O polegar deve estar perpendicular em relação ao arco.
Segurar o arco entre a 1ª e 2ª falanges do indicador e na 1ª falange do médio; deixar o dedo mínimo na forma arredondada, perto do botão do arco, e segurando pela ponta. O dedo anelar é deixado naturalmente. O polegar deve estar no meio do dedo indicador e do médio, só que do outro lado do arco.
Segurar o arco correctamente é muito importante para uma boa execução. O indicador direito controla a pressão do arco nas cordas, o que afecta o volume e o timbre do instrumento. O violinista precisa manter todo o corpo relaxado, à vontade.
É importante dizer que o dedo indicador e o dedo mínimo promovem funções importantes na intensidade do som obtido. Estas funções são chamadas de pronação e supinação,que são feitos através da ´´rotação´´ do ´´antebraço´´.
Pronação
A pronação é o movimento de pressionar o dedo indicador no arco (rodar o antebraço para o lado esquerdo gerando pressão no dedo indicador), aliviando a pressão exercida pelo dedo mínimo (mindinho). Este movimento, juntamente com a velocidade com que o violinista fricciona o arco nas cordas, acarretará uma maior intensidade do som.
Supinação
A supinação é o movimento de pressionar o dedo mínimo no arco (rodar o antebraço para o lado direito) aliviando a pressão do dedo indicador, fazendo com que o som seja menos intenso. NOTA: Não é necessário fazer pressão com o dedo mínimo, pois o próprio peso do talão é suficiente para a intensidade do som.
Observação: Ponta do arco: Pronação. Talão do arco: Supinação.
É importante para o violinista dominar estas técnicas, aliadas com outras, para uma melhor qualidade nas execuções.

Técnicas do Violino

  • Pizzicato (beliscado)[produzido pela mão direita]: Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam. O pizzicato consiste em tocar as cordas com os dedos, dando pequenos puxões ou beliscadas. Raramente o pizzicato se estende pela melodia inteira, e quando se lê na partitura a palavra arco os executantes interrompem o pizzicato e voltam a usar o arco.
  • Vibrato (vibrado) [produzido pela mão esquerda]: Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas. Existem 3 tipos de vibrato: o de dedo, o de punho e o de braço. Consiste em fazer o som vibrar, formando uma flutuação mínima na afinação da nota, para cima e para baixo. O vibrato de dedo é para passagens mais rápidas. O de punho é o mais comum, e o de braço é para expressar com certa força, paixão, drama um trecho. É usado sobretudo em notas longas.
  • Corda dupla[ técnica de arco]: Significa tocar, ao mesmo tempo, em duas, três cordas ou até mesmo quatro cordas, e consequentemente duas, três ou quatro notas (sob a forma de acordes), de uma só vez. É possível tocar três ou quatro cordas simultaneamente, sob a forma de acordes, porém pode-se sustentar apenas duas adjacentes.
  • Harmónico ou Flautado [produzido pela mão esquerda]: Notas suaves produzidas pelo toque muito leve com a polpa dos dedos em pontos estratégicos sobre a corda. Assemelham-se às notas da flauta e são usadas com mais frequência na música moderna.
  • Glissando (deslizando)[produzido pela mão esquerda]: O violinista escorrega o dedo sobre a corda, tocando todas as notas dentro do intervalo tocado, o que permite que todos os sons interpostos sejam ouvidos. Os glissandi aparecem quase exclusivamente nas músicas do século XX.
  • Sul ponticello (sobre o cavalete)[técnica de arco]: Indica que o violinista deve passar o arco próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre brilhante e estridente.
  • Sul tasto (sobre o espelho) [técnica de arco]: Indica que o violinista deve tanger o arco próximo ao espelho, o que origina um timbre velado e mais suave.
  • Coll Legno - Termo italiano que significa Com a Madeira. Este golpe de arco consiste na rotação da vara de modo a percutir as cordas com a madeira da mesma. Frequentemente utilizado em orquestra.

Fabricantes Nacionais

Entre os fabricantes de violino no Brasil é possível mencionar: Nhureson, Hossony, Rolim e Roma.[8]

Referências

  1. HOFFER, Charles. Music Listening Today 3rd Edition, p. 30. Schirmer Cengage Learning, 2009. ISBN 0-495-56576-8. Acessado em 23 Janeiro 2012. (em inglês)
  2. ADAMS, John S. (1865). Adams' New Musical Dictionary of Fifteen Thousand Technical Words, Phrases, Abbreviations, Initials, and Signs Employed in Musical and Rhythmical Art, p. 252. S. T. Gordon and Son. Acessado em 23 Janeiro 2012.(em inglês)
  3. Online Etymology Dictionary:Etimologia de viola.(em inglês)
  4. Margaret J. Kartomi: On Concepts and Classifications of Musical Instruments. Chicago Studies in Ethnomusicology, University of Chicago Press, 1990
  5. Panum, Hortense. The Stringed Instruments of the Middle Ages, Their Evolution and Development. London: William Reeves: [s.n.], 1939.(em inglês)
  6. Dicionário de termos e expressões da música.
  7. a b Stradivarius na página do Smithsonian.(em inglês)
  8. Ajustes básicos dos violinos de fábricas, Fórum Fácil.

Ver também

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Violino


História do Violino

O violino descende de antigos instrumentos orientais - o Nefer egípcio, o Ravanastron da India, o Rebab árabe, o R'Jenn Sien dos chineses e mesmo da antiga Lira dos gregos. Por volta do século X surgiram as primitivas violas: primeiro a Viéle de rota utilizada pelos peregrinos em Savoia; depois, progressivamente, a família das Violas que foram atravessando a Idade Média e a Renascença dando origem às Viole "da braccio" e as "da gamba", conforme eram seguradas entre os braços e ombros ou entre os joelhos respectivamente. Mais tarde esses instrumentos foram adaptados às diversas necessidades de expressão e acústica, levando os fabricantes e os compositores a pesquisarem novas formas e modalidades de instrumentos. A partir da renascença, até o Século XVIII, a genialidade dos "luthiers"(fabricantes de alaúdes - luth - e por extensão aos demais instrumentos de corda) esteve intimamente associada à genialidade dos maiores compositores de suas épocas e às descobertas técnicas dos instrumentista na criação do violino, hoje considerado O Rei dos Instrumentos. A Viola d'Amore, por exemplo, foi utilizada por J.S.Bach na Paixão Segundo S. Mateus e o próprio Bach inventou a Viola Pomposa com 5 cordas para a qual compôs uma das 6 suites hoje executada no violoncelo. Gaspar Duiffopruggar, da Bavária, é considerado o primeiro fabricante de violinos, por volta de 1500, de acordo com a atual concepção que temos do instrumento. Em seguida surgiu, na Itália a Escola de Brescia, fundada por Girolamo Virchi(1548) e Pellegrino da Montichiari(1560). Ao mesmo tempo a construção de instrumentos de arco ia se transferindo para outra cidade italiana, Cremona, com a família Amati(1545), culminando no gênio de Antonio Stradivari("Stradivarius" em latim) que viveu da última metade do Século XVII até os primeiros 40 anos do Século XVIII. Stradivarius e Guarnierius (Guarnieri del Gesú) legaram ao mundo os violinos mais perfeitos, tanto do ponto de vista acústico quanto no que se refere à beleza plástica. (formas, vernizes, decoração, etc.)
Os luthiers
Para se fazer um violino, são necessárias mais de setenta partes. Diversas madeiras são utilizadas, depois de selecionadas cuidadosamente, levando-se em conta sua resistência e capacidade de transmissão sonora. O abeto é escolhido para o tampo porque é macio e responde bem às vibrações das cordas enquanto o fundo é feito de bordo, madeira mais dura, que ajuda a preservar o violino do desgaste pelo uso. Muitas partes da estrutura do violino são difíceis de serem feitas e exigem um conhecimento profundo de artesãos que são conhecidos como luthiers. Os melhores instrumentos ainda são feitos à mão, tomando-se muito cuidado também com a beleza e o acabamento do produto.

Como funciona
Os instrumentos como o violino dependem da vibração das cordas para emitir som. As cordas vibram quando o arco passa por elas, mas produzem muito pouco som, que só fica suficientemente forte para ser ouvido quando as vibrações passam pelo cavalete para o corpo oco, ou caixa de ressonância do instrumento. Os ouvidos ou ff são os orifícios que ajudam as vibrações geradas no corpo do instrumento a atingir o espaço externo e finalmente nossos ouvidos.
O Arco
O arco moderno de violino é feito de muitos fios de crina de cavalo ajustados à extremidades de uma peça de madeira longas e curva. As crinas são tencionadas para a execução e afrouxadas quando o arco não está sendo usado. Afrouxar o arco ajuda a preservar a flexibilidade da madeira do arco. O Arco para o Violino é como a respiração para os cantores ou os instrumentistas de sopro. Seus movimentos e sua articulação constituem a "dicção" dos sons e a articulação das células rítmicas e melódicas. Todas as nuanças sonoras, colorido e dinâmica musical do Violino estão intimamente ligadas à relação existente entre a condução do arco e a precisão dos movimentos sincronizados da mão esquerda. O Arco é a "alma" do Violino.
Instrumentos mais poderosos
Os fabricantes de violino não queriam apenas fazer violinos que parecessem bonitos, mas que também soassem bem. Era importante que o timbre fosse suficientemente forte para manter-se. Para isso o cavalete do violino ficou mais alto e o ponto ou espelho foi alongado. Assim, passaram a ser usadas cordas mais longas e mais esticadas, produzindo assim um timbre mais forte. Os violinos Amati são tocados ainda hoje, mas nem sua beleza nem a qualidade do som se equiparam às dos instrumentos construídos por um outro italiano, que começou sua carreira na oficina de Amati - Antonio Stradivari, conhecido como Stradivarius.
Antonio Stradivari (1644 - 1737)
Stradivari fez um violino mais comprido, reforçou o corpo e alargou os ff (aberturas de som), enriquecendo assim o timbre. Deu a cada pequeno detalhe um toque de refinamento, o que fez com que seu trabalho fosse reverenciado em toda a Europa. Stradivari fez seus melhores instrumentos por volta de 1700 - 1724, seu período áureo. Atualmente, ainda existem cerca de seiscentos violinos de sua autoria. Hoje em dia, os Stradivarius são tocados pelos melhores violinistas do mundo. Freqüentemente levam o mesmo nome de seus antigos donos - como o "Sarasate", batizado com o nome do famoso violinista espanhol.
Melhores cordas de violino
As primeiras cordas de violino eram cordões especiais feitos de tripas de carneiro enroladas. Embora isso fosse satisfatório para as duas cordas mais agudas, a tripa produzia um som muito inferior quando usada para as mais graves. Depois de 1690, foi descoberta uma nova técnica, que consistia em enrolar uma tripa comum com um delicado fio metálico, o que resultou numa corda mais forte, com um som muito mais estável.
Como é tocado o violino
Numa orquestra há mais violinos do que qualquer outro instrumento. A seção de cordas da orquestra toca mais que as outras, e a maioria dos apreciadores de música declaram que conseguem ouvir durante muito mais tempo o som dos instrumentos de cordas do que outro qualquer. Por que isso acontece? Na verdade, o violino é um instrumento maravilhosamente versátil. Soa bem em conjunto, combina bem com outros instrumentos e pode ser tocado de diversas formas. Portanto, não é de surpreender o fato de que os compositores, executantes e ouvintes sejam atraídos por ele.
Usando o arco
Segurar o arco apropriadamente é muito importante para uma boa execução. A mão direita controla a pressão das crinas do arco nas cordas, o que afeta o timbre do instrumento. O violinista precisa também manter pulso relaxado. Algumas técnicas usadas ao se tocar violino
Pizzicato
Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam - de vez em quando beliscam as cordas, o que é chamado de "pizzicato" (pronuncia-se pitzi-cato). Raramente o pizzicato se estende pela melodia inteira, mas no balé Sylvia o compositor francês Delibes escreveu um movimento inteiro em que todos os instrumentos de corda deixam de lado seus arcos para tocar a famosa Polka-Pizzicato. Quando lêem na partitura a palavra "arco", os executantes interrompem o pizzicato e voltam a usar o arco.
Tocando com surdina
Fixando-se um grampo de madeira sobre o cavalete do violino, reduz-se a força das vibrações que alcançam a caixa de ressonância. Isso funciona com uma surdina, ou abafador de som. Violinos em surdina soam muito distantes e delicados. Os compositores usam os termos italianos "con sordini" (com surdina) e "senza sordini" (sem surdina).
Sul ponticello
Expressão italiana que significa "na pontezinha". Em partitura para violino, indica que o violinista deve passar o arco próximo ao cavalete, o que origina um som de timbre agudo, de arranhudura.
Col legno
O excitante começo de "Marte, o Mensageiro da Guerra", da suíte de Holst Os Planetas, apresenta as cordas soando com um curioso efeito estalado. É o que se chama col legno - "com a madeira". O arco é seguro de lado, de tal maneira que cada nota tocada a madeira do arco bata na corda.
Vibrato
Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas. O dedo da mão esquerda que prende a corda oscila levemente, causando uma flutuação no tom e enriquecendo o som. O vibrato é usado sobretudo em notas longas. Alguns violinistas preferem não usá-lo quando tocam músicas muito antigas.
Corda dupla
"Corda dupla" significa tocar duas notas de uma só vez. Alguns compositores pedem acordes de três e até quatro notas, mas no violino não é possível tocar simultaneamente mais do que duas notas.
Harmônicos
São notas suaves, semelhantes às da flauta, produzidas pelo toque muito leve sobre a corda (sem pressionar a nota) e a delicada passagem do arco. São usadas com mais freqüência na música moderna.
Glissando
A palavra indica ao executante que deve escorregar o dedo sobre a corda, de uma nota a outra (o que permite que todos os sons interpostos sejam ouvidos). Os glissandos aparecem quase exclusivamente nas músicas do século XX.


Descobrindo o Violino

Hoje vamos aproximar você de um belo instrumento, que encanta muita gente: o Violino
Um violino normalmente representa cerca de 35% de uma orquestra. Aliás é sempre o instrumento mais tocado dentro de uma orquestra. Quase todo mundo quando ouve o som de um violino bem tocado, fecha os olhos e diz: “Que lindo!”. Ultimamente o violino ainda tem sido usado em muitas das gravações acústicas de bandas de pop rock, mpb, reggae, música gospel… Inclusive por duplas sertanejas. Mas porque ainda assim o violino não torna-se um instrumento popular?
Quando se pensa em violino, o que vem na cabeça é: um instrumento caro, clássico e elitizado. Pois pode esquecer isso. Primeiro, um violino não é caro, a não ser que seja um Stradivarius, mas este é o mais caro do mundo. Um violino possui preços variados como qualquer outro instrumento, em geral um violino para iniciante, por exemplo, é mais barato do que um teclado simples ou até um violão.
VE244 126x300 Descobrindo o ViolinoUm violino não é clássico, e sim, usado na música clássica. E pode ter certeza que ele é perfeito para você iniciar na música, ou dar de presente ao seu filho. Um bom exemplo são os violinos da marca Eagle, pois são bons e baratos, eles são fabricados com madeiras selecionadas, desenvolvidos com ótimo acabamento e possuem uma sonoridade apurada.
Como funciona um violino

Um violino é um instrumento que usa a vibração das suas cordas para produzir som. Um arco de madeira, com um feixe de fios (normalmente crina de cavalo) passadas no breu, tocas as cordas e gera aquele som brilhante e estridente que conhecemos. O som produzido pelas cordas é transmitido ao corpo oco do violino, a caixa de ressonância, até a alma (cilindro de madeira que fica dentro do corpo do violino). A alma liga o tampo superior ao inferior do violino, fazendo com que o som vibre por todo o corpo.
Aliás, o timbre do violino é o mais agudo de sua família que ainda é composta pelos seguintes membros: viola, violoncelo, contrabaixo e rabecão. Seu timbre é semelhante ao soprano da voz humana. O tamanho dos violinos são descritos por números: 4/4 é o tradicional, o modelo inteiro, os menores vem na sequência 3/4, 1/2, 1/4, 1/10 e 1/16.
E se você entende pouco sobre violinos, mas decidiu que vai investir neste instrumento, você provavelmente vai encontrar algumas palavras que ainda não fazem parte do seu vocabulário. Na figura abaixo descomplicamos isso para você.
Violino demostração2 300x270 Descobrindo o Violino
SILENT2 120x300 Descobrindo o ViolinoComo qualquer outro instrumento de cordas, existem violinos amplificados eletronicamente, ou seja, prontos para você plugá-los em um caixa ou mesa de som. O ESV 209 da Eagle atende bem a esta categoria, além de ser silent (sem a caixa de ressonância).
Um violino requer muitos cuidados, já que é um instrumento “sensível” às variações de temperatura e umidade, além de ser muito frágil. A Mundomax recomenda sempre mantê-lo limpo e longe lugares com poeira, umidade e da luz do sol. E uma dica também, é sempre afrouxar o arco após o uso, para que não empene. É bom lembrar que todo o violino vem com estojo, seja ele um case de luxo ou um bolsa simples, é sempre bom manter seu violino bem guardado.
A acústica do violino

A produção de sons pelo violino, o mais agudo dos instrumentos musicais de cordas friccionadas, é estudada por físicos há muito tempo. Artigo de capa da CH mostra como quatro cordas sobre uma caixa de madeira conseguem gerar um som tão distinto.
A acústica do violino
Violino Stradivarius da coleção do Palácio Real de Madri (foto: Wikimedia Commons).
Os sons produzidos por um violino tocado com maestria encantam há séculos plateias de todo o mundo. Esses sons também vêm fascinando cientistas, e não só por sua beleza, mas também por suas características muito especiais. A acústica do violino é estudada por físicos há muito tempo, e continua a ser um desafio. O modo como os sons do instrumento são produzidos, pela vibração de cordas de aço friccionadas por fios de crina de cavalo, a transferência dos sons para uma caixa de ressonância que os altera e amplifica, a influência do tipo de madeira usado em cada peça do conjunto e outros aspectos dão ao violino uma complexidade que atrai o interesse de estudiosos e passa desapercebida aos ouvintes da boa música.
O violino é considerado o mais sofisticado dos instrumentos de cordas. É uma obra de arte refinada em suas linhas, de inspirada beleza plástica, e uma invenção de grande complexidade em termos acústicos. Faz parte de uma ‘família’ de instrumentos tradicionais que inclui ainda a viola e o violoncelo. O violino surgiu na Itália no começo do século 16, como uma evolução de instrumentos de cordas friccionadas como o rebec, a vielle e a lira da braccio, usados popularmente em festas com danças, segundo historiadores.
Os primeiros violinos foram criados por duas célebres escolas italianas de luteria, como é chamada a fabricação de instrumentos musicais de cordas e com caixa de ressonância: a escola de Brescia, com Gasparo Bertolotti, conhecido como Gasparo Da Salò (1540-1609), e a de Cremona, com Andrea Amati (c.1505-c.1578). Em Brescia, Giovanni Maggini (1580-1630) foi além dos passos de Da Salò, seu mestre, produzindo as formas atuais do violino e construindo os primeiros violoncelos. Em Cremona, a dinastia dos Amati atingiu sua supremacia com Nicola Amati (1596-1684), neto de Andrea Amati e mestre de Andrea Guarneri (1626-1698) e Antonio Stradivari (c.1644-1737). Outro renomado luthier foi Bartolomeo Giuseppe Guarneri (1698-1744), conhecido como ‘del Gesù’, neto de Andrea Guarneri.
Guarneri del Gesù e Antonio Stradivari são universalmente considerados os maiores fabricantes de instrumentos de corda de todos os tempos. Hoje, os instrumentos ainda existentes são altamente valorizados: em 2006, um comprador anônimo pagou US$ 3,5 milhões por um violino Stradivarius de 1707 leiloado na casa Christie's, nos Estados Unidos. O fato de o violino praticamente não ter sofrido modificações nos últimos 250 anos ilustra o extraordinário nível artístico e tecnológico alcançado pelos luthiers italianos daquela época.
A compreensão da acústica do violino é um desafio até os dias de hoje
A compreensão da acústica do violino é um desafio até os dias de hoje. Os físicos sempre se sentiram cativados por esse instrumento. O alemão Albert Einstein (1879-1955), talvez o mais famoso físico do mundo, era violinista e participou de grupos de música de câmara em Berlim (Alemanha) e em Princeton (Estados Unidos). Muitos físicos contribuíram com pesquisas para a compreensão das propriedades físicas e acústicas do instrumento. Entre eles estão o francês Félix Savart (1791-1841), o alemão Hermann von Helmholtz (1821-1894), o norte-americano Frederick Saunders (1875-1963) e o indiano Chandrasekhara V. Raman (1888-1970).

As cordas e os sons

Um violino é constituído de um conjunto de quatro cordas de aço esticadas sobre uma caixa acústica. As quatro cordas estão afinadas em intervalos de quintas justas – o que significa sete semitons – e suas notas musicais e respectivas frequências são: Sol3 (196 hertz, ou ciclos por segundo), Ré4 (293,66 Hz), Lá4 (440 Hz) e Mi5 (659,26 Hz). O subíndice de cada nota indica a oitava correspondente na escala temperada. Denomina-se ‘oitava’ o intervalo em que a frequência de um som dobra (o Lá4 tem frequência de 440 Hz e o Lá5 de 880 Hz, por exemplo). A escala temperada é a escala musical com subdivisões (12 semitons em uma oitava) sempre iguais, utilizada na música atual.
As cordas são afinadas, na frequência das notas, ajustando-se sua tensão com microafinadores. A expressividade do violino é também atribuída à existência, nesse instrumento, de um timbre (ou seja, uma característica sonora) específico para cada uma de suas cordas. A mais aguda (Mi) é brilhante e incisiva; a segunda corda (Lá) sugere doçura e delicadeza; a terceira (Ré) tem uma sonoridade profunda, ressonante e melodiosa; e a quarta corda (Sol) é grave e imponente.

José Pedro Donoso*,
Francisco Guimarães
e Alberto Tannús
Instituto de Física de São Carlos,
Universidade de São Paulo
Thiago Corrêa de Freitas
Tecnologia em Construção de Instrumentos Musicais-Luteria
e Departamento de Física, Universidade Federal do Paraná
Deiviti Bruno*
Curso de Luteria, Conservatório Dramático e Musical de Tatuí (SP)
* J. P. Donoso e D. Bruno integram a Orquestra Experimental da Universidade Federal de São Carlos

Fonte:http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2010/267/a-acustica-do-violino

VÍDEOS DE VIOLINOS MÁGICOS

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